saúde pública

Com superlotação de 200%, pronto-Socorro do Husm segue fechado há 20 dias

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

O fechamento do Pronto-Socorro do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) completou, ontem, 20 dias, ainda sem previsão de normalização do funcionamento. A superlotação chegou a 208% da capacidade, o que representa 48 pessoas internadas nos 23 leitos clínicos do hospital. Portanto, 25 pacientes aguardavam em macas nos corredores. Além disso, outros nove pacientes estavam em sala de emergência, dos cinco leitos disponíveis nessa ala. No total, eram 57 pacientes em atendimento.

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Por enquanto, o Husm recebe pacientes atendidos pelas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados pela regulação em casos de emergência. Para a gerente de Atenção à Saúde do Husm, Soeli Guerra, a situação do pronto-socorro escancara a realidade da saúde da cidade:

- A superlotação demonstra que, independente da nossa preposição, não há serviços suficientes em Santa Maria para abarcar as demandas da população. Por isso que apostamos muito na construção dessa rede hospitalar com fluxos definidos. 

A rede hospitalar ao qual Soeli se refere é um planejamento futuro, no qual hospitais da região possam trabalhar de forma integrada para que haja a possibilidade de transferência em casos de superlotação e falta de leitos, como o Husm enfrenta. Na última sexta-feira, um grupo de trabalho do Hospital Universitário se reuniu na Câmara de Vereadores da cidade em uma conversa coordenada pelo Ministério Público Federal. A pauta era a avaliação de propostas do que cada hospital poderia ofertar em número de leitos, em médio e longo prazo, tornando-se uma proposta de fluxo contínuo.

- Agora, os pacientes procuram a nossa emergência em um estado mais agudo, na situação de urgência e emergência. E assim que fosse estabilizado, o processo natural seria de encaminhamento para outro hospital, o que não acontece hoje e é muito difícil a transferência para outros hospitais. - explica Soeli

A reportagem contatou a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para questionar sobre a transferência de pacientes para hospitais da região, e aguarda retorno.

OUTROS FECHAMENTOS

Não é a primeira vez que o Pronto-Socorro fecha as portas. No ano passado, foram 31 vezes, todas de forma temporária para normalizar os serviços. De acordo com o próprio hospital, isso acontece porque o pronto-socorro está dimensionado - espaço físico, equipamentos e equipe assistencial - para 23 leitos de retaguarda e 6 leitos para receber e estabilizar casos de emergência, mas tem trabalhado acima do dobro da sua capacidade.

* Eduarda Nenê da Costa

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